26/05/2008

Páginas passadas...

Nas páginas do velho diário, o registro dos dias vividos, marcas do passado, cicatrizes de uma vida, a alma desnudada. Com o passar das folhas, velhas lembranças vieram à tona, em cada palavra o sentimento de quem viveu intensamente tudo aquilo contado nas linhas do tempo.

A leitura de todo o mundo contido naqueles registros é uma mágica viagem, uma passeada no tempo, um retorno aos lugares, olhares, sorrisos, lágrimas, à vastidão das sensações sentidas pelo corpo, coração e espírito.

Da janela que clareia a penumbra do quarto, uma brisa rebelde acelera a passagem das folhas causando um redemoinho de frases, pontos, parágrafos e crases. Súbita e por que não propositalmente, o vento cessa... não sem antes deixar marcada a página onde a emoção acentuou a vida de forma devastadora.

A hora, o dia, o mês são meros detalhes e podem se perder no tempo... pois o essencial é relembrar o som da voz tranqüila, mansa, acolhedora e ao mesmo tempo firme dizendo palavras doces, o olhar intenso, o sorriso encantador, o toque das mãos, o encontro das bocas, o amor que os fez um só.

Ele a rocha, ela o mar; nele a seriedade, nela o sorriso farto; ele a razão, ela a emoção; nele a segurança, nela a aventura; ele as metas, ela os caminhos; nele o passo firme, nela a alegria de caminhar...

Na diversidade de cada um, o encontro de corpos, alma e coração. Nas diferenças, o complemento e nos braços de cada um, o calor e o aconchego do amor.

A porta do quarto se abre, o sorriso incendeia o ambiente, o diário se fecha, as lembranças cedem o lugar à vida real, o olhar sincero abre a porta das emoções, o abraço terno acalenta os corpos, o beijo doce silencia as palavras...

Nele, o amor...
Nela, idem.
***
Pessoas Lindas,
Um pouco dodói, nada muito sério, só uma dor de garganta e uma gripe chata... mas cá estamos nós, para começar mais uma semana. A última de maio... estava pensando, já estamos no meio do ano, gente... é, o tempo passa, o tempo voa.
Já, já, faço 33 anos!!!!!! Meu DEUS!!! Risos...
Uma boa e feliz semana!
Beijos e abraços Karinhosos,

19/05/2008

Do Lado de Cá da Vida


Assumo sem pudores minha fome de beleza em tudo. No amor. No sexo. Na amizade. Na poesia. Na prosa. Na vida! Confesso também minhas ternuras e minhas invejas. Em ambas, pouco me importo se vão me achar clichê demais. Eu sou o que sou até aqui... até me transformar em outro algo melhor, logo mais ali a diante. E assim vou vivendo.


Esse fim de semana, vivi emoções diversas. Alegria. Raiva. Dor (nos pés e no coração) Aconchego. Amor.


Disfarçar sentimentos é algo que não sei fazer. É um trabalho de Hércules. E admito que não sou a versão feminina dele. Não consigo dissimular o que sinto. Se sou assim na demonstração de alegria, imagine nos dissabores. Ele (ou eles) fica(m) claramente destacado(s) em meu rosto, que nunca finge.


Não quero que confundam alhos com bugalhos. Por isso, quero falar da emoção ímpar que vivi no último sábado.


Minha cidade em festa. Meu coração em alegria por receber pessoas especiais em minha casa. O sábado prometia. Show de Jota Quest. O sábado cumpriu tudo que prometeu e mais um pouco. Ganhei um presente: uma nova amizade. Uma pessoa indiscutivelmente linda por fora. E como se não bastasse ainda simpática, simples, educada e bonita por dentro também. Pronto, a amizade brotou e juntas aprontamos tudo que nos deu prazer em estar vivas.


Leniana é o nome dela. Juntas scaneamos o parque de Exposição e de camarote, assistimos e nos emocionamos com as músicas do Quest. Realmente é extremamente fácil ganhar meu coração. Só precisa de uma dose de educação misturada com um tiquinho de simpatia e bom humor. É... um dia feliz, às vezes, é muito raro porque nós complicamos tudo. Raras pessoas têm o dom de cantar junto e deixar o mau humor do lado de fora da vida.


Enquanto me acabava cantando e dançando, não pude deixar de me recordar da vida que foi para o lado de lá: meu marido Osmar. Lembrei do hospital onde passamos alguns meses em Belo Horizonte. Quando internado, ele sentia muita dor. Por amor, a dor dele se fazia minha também. Nesses momentos, tinha uma música do Jota Quest que sempre sussurrávamos juntos:

“Ei, dor! Eu não te escuto mais

Você não me leva a nada

Ei, medo! Eu não te escuto mais

Você não me leva a nada...

E se quiser saber

Pra onde eu vou

Pra onde tenha Sol

É pra lá que eu vou.”


(Essa música nos permitia expulsar o medo e amenizar a dor e, de alguma forma, nos fazia mais confiantes em um *final feliz para o nosso sofrimento.)

Ali, diante daquela multidão sem fim que erguia os braços e evocava a certeza de ir pra onde sol brilhava, me vi só. Paradoxal, não? Rodeada de pessoas, gritos, sons, sorrisos... eu conversava silenciosamente com alguém. Olhava a lua. Sorria e chorava. Literalmente. Não era um choro triste. Nem uma solidão doída. Foi um momento mágico. (Não sei se me entendem) Foi um momento de encontro. Encontro que me deixou feliz e consciente. Consciente de que do lado de cá, a vida segue. E do lado de lá, também. Cada um com seus compromissos. E nossas lembranças juntos continuarão bem guardadas no lugar onde vivem os melhores e bons sentimentos: o coração.

Aos poucos começo a entender que a vida está aí. Do meu lado. E ela não engana ninguém. Posso ouvi-la ou não. O preço a ser pago por isso será sempre meu. Lição aprendida, continuei a noite. Dancei tudo que tinha direito. Abracei pessoas muito queridas e declarei o amor e admiração que sinto por elas.


Saldo da noite. Depois de três ou quatro (será?) Frozzen, muita alegria, muita música, muita gente alegre, perdi e reencontrei meu carro. (Claro que ele estava estacionado exatamente no mesmo lugar... nem um centímetro a mais ou a menos.) E esbarrei nos primos de Leniana, minha nova amiga. E minha casa que já estava hospedando cinco, hospedou mais três pessoas. A noite terminou muito feliz. E o domingo começou em festa relembrando as gafes da noite anterior e combinando um novo encontro. Dessa vez, em Diamantina. Para o show de Victor e Léo, dia 30 de maio.


*final feliz: Geralmente acontece quando o mocinho e a mocinha terminam juntos. No meu caso, o meu mocinho se foi. Mas continuo feliz, pois essa sempre foi a nossa proposta de vida.

***

Pessoas Lindas,

A Blogagem Coletiva do dia 16/05 me oportunizou conhecer, (re) visitar e apreciar muitos lugares lindos desse Brasil maravilhoso. Mais uma vez, obrigada à Andréa pela oportunidade. Agradeço também a todos os comentários do post anterior.


De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. Também não é a mais difícil. Para mim, é uma questão de se permitir. E é isso que desejo pra mim e pra todos. O ato de se permitir enxergar além do horizonte um lugar, bonito e tranqüilo, pra se viver em paz.



***



Para a Shi, uma amiga MUITO QUERIDA, que aniversariou ontem, dia 18/05, desejo um belo horizonte de coisas boas, belas e felizes! Muita saúde e que a alegria continue sendo a medida de seus sonhos!!!


PARABÉNS, LINDONA!!!



***


Uma semana iluminada a todos!

Meu Beijo Karinhoso e Azul!

16/05/2008

Curvelo, minha Terra Querida




“As lajes valem um conto
Cordisburgo vale um conto e cem
Mas Curvelo não tem preço
Porque lá mora o meu bem..”

Com grande alegria, apresento a vocês a terra onde nasci, Curvelo, coração das Minas Gerais, terra onde meu coração nasceu, cresceu e vive até hoje acreditando que todo dia é dia de ser feliz.

Curvelo é uma cidade pitoresca, interiorana, situada num grande chapadão na região central de Minas. O cerrado daqui nos premiou com uma paisagem sertaneja onde o Ipê Amarelo reina majestoso e encanta os olhos da alma do povo curvelano e de todos que nos visitam.

A pecuária constitui a principal atividade econômica de Curvelo, contudo o desenvolvimento do comércio e serviços também promove o crescimento da cidade.


A culinária daqui é envolvente e tipicamente mineira, cujo sabor, cheiro e modo de fazer trazem à mesa a singela herança sertaneja: tutu de feijão, arroz carreteiro, feijão tropeiro, couve, torresmo, angu, frango ao molho pardo, quiabo com carne moída, enfim, verdadeiras delícias que forram o estomago com gosto, tempero e sabor mineirinho.

Curvelo, município-mãe de todo esse sertão, "capital da minha literatura" foi assim classificada por João Guimarães Rosa e hoje é uma das 13 cidades do Circuito Guimarães Rosa. Circuito esse que é o primeiro turístico baseado em literatura e destinado a todos que querem ver no sertão mineiro, os cenários da vida e obra de Rosa.

Se existe um sinônimo para Curvelo, eu diria que é festa. Sim, minha terra tem festas de janeiro a dezembro. Todas elas regadas à muita alegria.

Em julho, digo eu, pretensiosamente, para comemorar meu aniversário, acontece o grande FORRÓ DE CURVELO. Promovido pela prefeitura durante três dias. Bonitas barracas, lindamente ornamentadas são armadas em praça pública com direito a shows com artistas nacionalmente conhecidos (em 2008, além de shows regionais, o Skank, dará o ar de sua graça e música). Há também concursos de música popular e muito forró para o pessoal arrastar o pé até o sol raiar. O Forró é um evento em âmbito estadual, envolvendo não só as cidades próximas, mas também trazendo turistas da capital, de cidades mais afastadas e até de outros estados.

Terra religiosa, aqui tem o Santuário - Basílica de São Geraldo, segunda no mundo e única na América do Sul dedicada a esse santo carismático que recebe todos os anos em agosto, uma grande manifestação de fé na famosa FESTA DE SÃO GERALDO.
Tal festa reúne um número muito grande de turistas, que demonstram sua confiança em São Geraldo e participam também da parte social da festa, parquinho para as crianças, barracas de comidas típicas e um grande camelôdromo onde o povo completa a alegria comprando de tudo por um preço bem convidativo.

Curvelo é a terra de Zuzu Angel, do ator
Ângelo Antônio, do músico PJ (Paulo Roberto Diniz Junior, Jota Quest), do escritor Lúcio Cardoso, do cartunista Alceu Penna e do jornalista André Carvalho, alguns avatares que nos orgulham por serem curvelanos.

Terra querida, terra onde vivo, onde trabalho, terra de joãos, marias, josés, anas, joaquins, geraldos, karines, terra de gente simples, terra de gente que ama e escreve a sua história dia-a-dia.

Creio eu que o que faz um determinado lugar bonito não são apenas as riquezas do local mas, sobretudo, o amor de cada um pelo pedaço de chão que chama de terra querida.

Eu poderia escrever muito mais sobre Curvelo, no entanto, prefiro convidar você para nos visitar.

Virtualmente, por aqui:
http://www.curveloportaldosertao.com.br/

Ou pessoalmente.

Curvelo é mais um pedacinho do Brasil que merece sua visita.
***
Pessoas Lindas,
Blogar coletivamente, para mim, é algo muito importante, além de nos integrar ainda mais nesse mundo virtual.
Agradeço à Andréa Motta por essa oportunidade. Parabéns pela idéia primorosa.
A todos um belíssimo fim de semana! O meu será festejado com a visita de familiares e amigos muito queridos que virão prestigiar a Exposição Industrial e Agropecuária de Curvelo (Viu? Mais uma festa da minha terrinha...)
Ah, só pra deixar vocês com água na boca: (risos)
Sexta: Edson e Hudson
Sábado: Jota Quest
Domingo: Bartucada
Até mais e um beijo muito gostoso!

09/05/2008

Devaneios



Acordara às duas e vinte da madrugada. De certo, nem dormira. Passeavam em seus devaneios, pensamentos que estavam engasgados. Não desciam nem sob a pior tortura mental. Resolvera escrever. Falar de hipocrisia e que a sua também fosse julgada e quiçá compreendida.

Abre parênteses. O mundo todo já sabia que ela vivera um amor incomparável. Sabido era por todos que esse amor se fora, e, mesmo corroída pela dor, ela insistia. Todo mundo já sabia que ela, mais uma vez, quebrara a cara. Era público e notório para o planeta inteiro que ela era diferente, sonhadora. Metade dela era sonhos flutuantes, pois “tudo que é pesado flutua no ar”. A outra metade abominava a velada hipocrisia que pautava a vida daqueles que não tinham o menor vestígio de amor-próprio, imagine então, amor pelo outro.

O universo em sua conspiração a favor, é claro, sempre a colocava em situações oscilantes, daquelas em que a linha tênue entre sanidade e loucura era sacudida.

Em suas novas experiências, depois do espelho quebrado, ela continuava INTENSA como sempre fora, não obstante, muito mais sensível do que antes.

A radicalidade do oito ou oitenta permeava as boas e más situações vividas por ela. (Há que ser trabalhada.) Óbvio que isso era tema de duas, no máximo, três sessões de psicanálise. No exposto aqui, essa característica (a radicalidade) deve ser considerada na questão como positiva e pertencente à pessoas extremamente intuitivas e dotadas de uma inteligência rara e não provinciana.

No afã de viver o novo, ela se deparara com um hipócrita. Simples assim. Encantador, sedutor, inteligente, mas ainda assim, um hipócrita da melhor qualidade. (ou seria mais adequado pior?) Dúvidas à parte, nada ou ninguém poderia separar-lhe dessa condição primeira em seu sub ser.

Essa criatura, vamos denominá-la aqui, simplesmente de “Batráquio”, espécie de vertebrado de pele nua e sangue frio. (Essa definição é perfeita!) Ele chegou-lhe de modo não usual e pouco menos de três horas tornara-se concreto e real. Antes ela tivesse seguido sua intuição, que teimava e teimava em dizer que, sapo só se torna príncipe em contos de fadas, de resto, continuam apenas anfíbios.

Batráquio admirara a inteligência sublimar dela desde o primeiro momento e, usara isso, a seu favor. Lógico que os dotes físicos como o colo bem delineado (e muito elogiado), os olhos vibrantes, os seios fartos, as coxas grossas, a ingenuidade quase infantil (que fazia dela credora do mundo e, isso, inclui os hipócritas), os cartões de crédito e a “gorda” conta bancária contribuíram para toda aquela boa impressão que ela causara nele.

Um presente valioso. Palavras bem estudadas e decoradas a cada conquista. Aquele sorriso malandro e charmoso. O dedo nas cicatrizes do rosto e pulso. Tudo isso, fora um tiro certeiro que a permissividade carente dela, deixara chegar ao seu coração pálido.

Batráquio teria vivido mais uma noite de luxuria na cama de mais uma mulher. Tudo que é acordado, não implica em mágoas futuras. Pessoas adultas sabem (quase sempre) resolver seu tesão sem necessariamente usar os outros. A história poderia perfeitamente terminar aqui. Mas não, todo o febricitante episódio está no porvir...

Além de tudo que já fora dito sobre ele, Batráquio tinha um sério complexo de inferioridade, tinha que se auto afirmar constantemente, talvez o que lhe fora negado na altura física pudesse ser suprido dessa maneira infame, nem que fosse usando o tom alterado da voz machista e arrogante.

Não satisfeito com a noite pueril, ele compartilhou os anseios (particulares) dela com um amigo especial, que claro, quis se aproveitar do bocado também. A extraordinária besteira desses dois foi se fazer um, o oposto do outro.

O “m”alandro e o “b”onzinho não sustentaram a bela estória por mais de uma semana. Os pontos contraditórios foram descobertos por ela, que não seguira a brilhante carreira de detetive particular.

Engano desfeito, ela usou o jogo a seu favor. Se era para ser hipócrita, seria com “catiguria”. Deu corda. Ambos se enforcaram. O riso sarcástico aos colocá-los “amigavelmente” frente a frente foi a vitória-mor. Estava vingada. (Sim, ela é como todo ser passional, vingativo.) Pronto, estava encerrado.

Aprendera com o espelho a renascer das cinzas, como uma Fênix gloriosa que saía da roda viva. A tristeza fora passageira, e, por fim, uma pedra colocada sobre o túmulo daqueles dois indigentes.

***

Passados alguns dias, talvez dezesseis anos (não metafóricos), dezesseis anos estes, que não foram capazes de separar uma amizade, ela ouvira que Batráquio espalhara o boato de sua loucura.(a dela)

Humm... juntou-se fogo à pólvora insana!

Uma coisa é ser louca pela vida. Outra coisa é deixar a vida transformar tudo em hipocrisia.

Uma coisa é ser louca pela paixão, deixar a loucura do desejo de dar e receber prazer envolver todos os poros e transformar a vida em vermelho vivo. Outra coisa é deixar a paixão pelo dinheiro alheio e fácil, tesar as frases feitas.

Uma coisa é uma coisa. E outra coisa sempre vai ser outra coisa.

Nada causava rubor embaraçoso à sua face. Não precisava encobri-la com um chapéu de gangster da cor castor para empalidecer a vergonha do que não era obsceno. Ela não se envergonhara de nada. A não ser, ter aberto as portas fraternais de sua amizade sincera, a um hipócrita que se esconde sob o codinome de um relacionamento aberto.

O valioso e bombado cristal se quebrara em menos de um mês... durara até tempo demais.
E ela descobrira o segredo que viajara através dos trinta e dois anos para encontrá-la:

Ela é a autora.
Ela é que escreve a própria história.
Ela é a projetista de seus sonhos.
A caneta está em suas mãos.
Ela é a arquiteta de sua alma.
O resultado será sempre o que escolher.

... e a caneta dela resolvera escrever a sua intensa loucura pelo amor, verdadeiro e simples, puro e sincero, mas nunca hipócrita. Fecha parênteses.


Fizera a catarse. Podia voltar a dormir tranqüila. Não importava se a cara fora quebrada ou uma lágrima fujona dera o ar de sua graça. Qualquer coisa que seja resultado do amor já vale a vida.
O resto? É comentário. Especulação.
Ela sempre vive o amor e paga o preço que ele custar. De preferência deixa o troco, mas nunca finge que esqueceu a lição do espinho.

***

Pessoas Lindas,
(e isso não é hipócrita... é o que penso das pessoas que dispensam seu tempo lendo meus humildes escritos.)

Segundo o pai dos curiosos, a hipocrisia é o ato de fingir ter
crenças, virtudes e sentimentos que a pessoa na verdade não possui. A palavra deriva do latim hypocrisis e do grego hupokrisis ambos significando representar ou fingir.

Sim, assumo-me hipócrita em algumas situações. Mas sempre que me olho no espelho e vejo o rubor característico que me imputa vergonha de estar refletida ali, penso e procuro agir diferente.

Uma advogada linda, loira e lisa, a quem admiro muito, escreveu essa semana em seu blog (Linkado ali ao lado. Leia-se Veleidade) que existe uma grande diferença entre dizer, sentir e executar algo. Plagiando-a descaradamente, eu defendo o direito de todo mundo de criticar desafetos, ignorar a verdade e fazer do seu ponto de vista escroto uma verdade absoluta. Não vejo problemas nisso e me permito isso também. O problema é o danado do telhado de vidro que pode simplesmente se quebrar e tudo acabar num belo processo, né não? Risos

Portanto, cada louco com sua loucura. Sem hipocrisia. Melhor assim. Mais sábio assim.

Um fim de semana fabuloso para todos vocês!
Um feliz dia das Mães para todas as Mães de fato!

Beijo muito Karinhoso,

Ká (uma blogueira que pintou-se de vermelho para declarar ao mundo sua loucura pela vida!)

05/05/2008

"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"

Imagem: Pedro Fernandes Photos

Num minuto, tudo era calmaria. Noutro, furacão. Tudo voou pelos ares. Seria impossível juntar os pedacinhos dela. O incrível é que escapara com vida. Apesar das roupas esfaceladas. Apesar dos surrados sapatos não caberem nos pés. Apesar das cicatrizes em todo o corpo (e na alma). Apesar de... todos os sonhos terem sido rasgados. E, jogados ao vento.

Saiu ferida... saiu machucada... Saiu em pedaços. Seus gemidos sempre sufocados. Só, extremamente só... Tropeçando no caminho. Tropeçando nas próprias pernas. À procura de proteção, abrigo. Em algum lugar devia haver um alento, capaz de curar as dores do vendaval.

Acabou... Tudo que a vida estava lhe dando era demais... O fardo muito pesado. Sempre acreditou que os sonhos são pra sempre. Desistir era o mais simples. Afinal, os sonhos se foram... E sua vida agora era um deserto.

...

Lembrou-se então das promessas. Feitas a dois. Feitas a três.

Por que não cumpri-las?

Acreditou-se capaz de seguir. Acreditou-se capaz de realizar. Percebeu assim que os sonhos dependem dela. Da sua vontade interior. Daquela vozinha que sempre tem algo a dizer. Mais uma vez, ia seguir...
Valia a pena insistir.

Pessoas,

Vale a pena insistir...

Sempre vale!

Mesmo quando encontramos muitos espinhos.

Meu Beijo Karinhoso,