20/08/2012

Parênteses antes do Ponto Final


Hoje fui despertada às 00:45 horas. No visor do celular: Osmar níver 51 anos. Quanta loucura, meu Deus!
Hoje, dia 20 de agosto de 2012, completa-se 6 anos da morte do meu marido. E eu agendei no celular para ser sempre lembrada. Como se fosse possível esquecer! Isso, sem sombra de dúvidas, não é algo muito normal. Por que alguém teria necessidade de lembrar o dia mais terrível de toda a sua vida? O dia em que seu mundo desabou e todos os seus sonhos seriam lacrados em um caixão. É muito tosco imaginar que alguém reviva isso todos os anos. Pois é, admito, com um quê de rubor na face: eu faço isso!

Meticulosamente, deixo-me reviver e sofrer a dor de perder um ente querido a cada um desses anos passados depois do fatídico dia 20 de agosto. Doença? Apego? Loucura? Talvez uma soma dos três. Ou quem sabe imaturidade mesmo. Falta de entendimento sobre a vida e as circunstâncias que nos rodeiam ao longo da caminhada na Terra.

Casei-me muito nova. Vivi um conto de fadas e nem aproveitei dele tudo o que devia por não saber viver. Transformei alguns momentos em ansiedade por medo de perder, por egoísmo, por achar que já que a vida tinha me presenteado com o amor, ele devia ser só meu e ficar trancafiado dentro do meu peito. Ai, ai, ai, quanta ignorância! Amor vive livre, o coração é só o lugar onde ele nasce, mas depois o vento o leva a dançar por todo lado, a se expandir entre outros corações e somar histórias, as raízes são fincadas à medida em que se doa sem ciúmes ou reservas.

Vivi 10 anos ou um pouco mais com Osmar. Foi uma vida perfeita? Não! Eu não era e não sou perfeita! Ele não era perfeito! Como é bom poder admitir isso! Entretanto, mesmo não sendo perfeitos, vivemos um amor lindo, cheio de bençãos, entregas, companheirismo, risos soltos, garagalhadas na madrugada e uma bosa dose de carinho e amizade. 

O que percebo hoje é que além das coisas boas, tivemos percalços na caminhada. Brigas, ciúmes, falta de cuidado um com o outro quando exatamente o outro precisava mais: no momento em que não conseguia enxergar nada, exceto, o amor próprio. Magoamo-nos muito! E pela primeira vez consigo falar disso, sem remorso, sem ter dó de mim ou dele. Infelizmente ou não, faz parte da vida. Faz parte do processo de aprendizagem humano. Aprendemos muito um com o outro também. Nos tempos bons e nos tempos ruins. 

O saldo disso tudo: eu cresci. O débito: eu demorei a crescer. Crescer não significa necessariamente que estou apta para uma vida perfeita. Não, mesmo. Pelo contrário. Significa apenas que tenho capacidade de me reavaliar a cada dia e perceber o que quero para mim, e, especialmente o que não quero.

Não quero viver presa ao passado. Não quero idolatrar ou menosprezar tudo que se foi. Não quero sofrer pelo que não vai mudar. Não quero continuar inconformada com a perda. Quero viver. Quero produzir minha própria história. Quero me deleitar com a dor e a delícia de ser quem eu sou. Não quero ser digna de pena: ah, coitada, viúva tão cedo! Cuidado de um filho sozinha! Ahhhh, isso me mata! Não sou viúva! Eca! Estou nessa circunstância, mas não ficarei para sempre. Fato!  E daí, se crio meu filho sozinha? Quantas mulheres são mães solteiras? E nem por isso são mais ou menos que ninguém. 

Não quero prender ninguém a mim. Nem quero ficar presa ao amor. Quero amar. Mas amar de um jeito novo e livre. Quero amar sem cobranças. Quero confiar, sobretudo em mim. Quero seguir em frente! Nada melhor do que fazer isso, começando por enterrar definitivamente a vida que tive nos últimos anos. Chega de dor, de lágrimas. Basta de atrasar o crescimento do pai do meu filho e o meu também. Eu estou viva e isso não é ruim, muito menos, pecado. Estando viva, preciso tomar minhas próprias decisões. Necessito andar com as próprias pernas e não apoiada no que já fui ou já vivi. Sou o resultado disso tudo, mas não devo estar presa ao meu passado, afinal é para frente que se vive.

Não vou mais adoecer em agosto quando chega a época em que relembra-se a morte de Osmar. Não vou mais marcar no celular tal data. Não vou mais guardar pedaços físicos e não-físicos dessa história. Foi linda, mas já deu o que tinha que dar. A Osmar, muita luz, evolução, crescimento, paz e vida, onde quer que ele esteja. A mim, uma nova oportunidade de acertar e de me arriscar a ser feliz comigo e só!

Fácil? Não! Mas se estou aqui para evoluir é o mínimo que posso fazer: viver cada dia como uma dádiva a ser vivida intensamente. 

Agora sim, posso fechar o Ponto K. Ponto e basta!

07/08/2012

E o Ponto agora é final.

Baseada no belíssimo texto abaixo, eu decreto que o Ponto K está extinto a partir de hoje!

Sim, acabou! Simples assim! Durou o tempo que tinha que durar. Junto à uma fase difícil fica decretado o seu fim.

Acabou como acaba o amor que nunca existiu, que foram só palavras ou intenções.

Aos companheiros de escrita, meu Karinho... aos que me leram fielmente, meu agradecimento.

É o fim. Nova fase virá, mas agora é tempo de sofrer intensamente todas as dores do ano de 2012.

E tenho dito.


Os Estatutos do Homem - Thiago de Melo



A Carlos Heitor Cony

Artigo I Fica decretado que agora vale a verdade. agora vale a vida, e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo único: O homem, confiará no homem, como um menino confia em outro menino.

Artigo V Fica decretado que os homens estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio nem a armadura de palavras. O homem se sentará à mesa com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa.
Artigo VI Fica estabelecida, durante dez séculos, a prática sonhada pelo profeta Isaías,e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
Artigo VII Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo VIII Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.
Artigo IX Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.
Artigo X Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, uso do traje branco.

Artigo XI Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã.

Artigo XII Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela.Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor.

Artigo XIII Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou. e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
Artigo VII Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo VIII Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.
Artigo IX Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.

Artigo X Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, uso do traje branco.
Artigo XI Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã.
Artigo XII Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela.
Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor.
Artigo XIII Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou.

Artigo Final: Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem. Não tenho um caminho novo. O que eu tenho de novo é um jeito de caminhar.

31/07/2012

Sem eco

Não sei o que escrever ou melhor, não sei como externar em palavras o que sinto... tudo que escrevo parece sem nexo, e, pior, sem eco.

25/06/2012

Do Amor que chegou para ficar.


“Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”


Depois de tudo que vivera, sofrera e chorara, o riso fácil voltara. Junto com ele, o amor pulsava dentro do coração nada pálido que batia descompassado.

Sonho. Magia. Paixão. Intensidade. Tudo que a ela mais agradava. Sobressaltos ternos a tiravam do emaranhado burocrático da vida real.  O calor percorria seu corpo e vibrava em seu peito. 

Tudo perfeito. Tudo divinamente perfeito.

Mas, nos entretantos da estrada, havia um ponto de interrogação. Tanta felicidade seria possível a um ser imperfeito e inacabado como ela?  O céu não era mais de outono. Era céu de inverno. O azul não era mais tão azul. Mais uma vez, ela era posta à prova, interpelada pelo semovente da vida.

Constitucionalmente, lhe era assegurado o direito à felicidade. Contudo, socialmente lhe era cobrado e, caro, por ser feliz. Os outros e ela mesma se fazia tal cobrança insana.

Sair da magia e alcançar o patamar de vida real. Tirar a maquiagem, estar de cara limpa, dar à cara à tapa e ao amor não é tarefa simples. Equilibrar-se entre o ideal e o real exige um esforço enorme. Conseguir enxergar que na vida real existe imperfeição e nada é como nos sonhos é uma missão ingrata. 

Era um daqueles anos desabrigados pelo qual ela passando.  Ter o amor como presente, além de parecer irreal, assemelhava-se à uma das peças que a vida gostava de lhe pregar: entregando-lhe um precioso bem para depois furtar-lhe num repente. 

Pensando em não deixar-se afogar nas afrontas da vida, começou, como de costume, a mostrar sua face defensiva. Ao sentir-se acuada, acabava magoando os outros. A explicação é bem simples: antes que a vida lhe fizesse sofrer, ela mesmo, prontamente, se fazia autora desse sofrimento. Auto defesa que poderia facilmente ser sinônimo de auto e alta flagelação.

Todavia, o brilho dos olhos dele e, principalmente, a voz, ao mesmo tempo doce e firme ,lhe fizeram ouvir o que a alma falava: tudo é passível de mudança, as pessoas se transformam todo o tempo e o tempo todo. Impedir a própria felicidade é tolice, é deixar que algo menor tome o lugar de algo maior, mais importante, mais bonito. Isso não tem força de lei, portanto pode e deve ser revogado. 

Ela, então, abriu os ouvidos, todos eles. Principalmente os da alma para ouvir e sentir o que era melhor. O melhor era viver intensamente cada momento ao lado dele. Sentir o amor e deixá-lo crescer, criar raízes e frutificar. Enfim, era mister que ela se reconciliasse com o processo da vida, para segurar forte aquela mão especial e permitir-se ser vista em sua face mais meiga e doce, sua real natureza. Não era preciso ser leoa, se auto defender o tempo todo, ele estava no mesmo time, pronto para lhe passar a bola para o melhor e maior de todos os gols: o amor dos dois!

Relaxar era a palavra de ordem. Nãos e precipitar. Deixar o tempo ninar os sonhos a dois. Tocar o barco segurando firme no leme. Confiar na segurança da mão intercalada à sua. Respirar o afeto que os circundava. Inebriar-se na sintonia formidável com a qual ambos foram brindados. 

Sim, era possível se transformar em paz, viver a paz e trazê-la sempre junto consigo. Ainda que as dificuldades existam, é bom enxergar a margem florida da estrada. Sentir o frio do inverno e aquecer-se por inteira no calor de cada momento vivido ao lado dele, afinal “só que é morto não muda!” 


A alegria está em ser salva pelo amor, sem o qual a vida não vale a pena. A alegria não está em explicar o amor, mas em apenas e simplesmente vivê-lo.

18/06/2012



Outono

“... Bom dia! Lindo dia de outono. Já estou na estrada e, você comigo.


Outono. Pleno outono.  Ele chegou. Olhos vivos, brilhantes.  Ascendeu firme. Determinado. Cheio de atitude, mas suave. Como uma brisa mansa. Daquelas que sopram e enternecem a tudo e a todos com seu hálito fresco.

Ao aproximar-se, exalou um cheiro doce e branco de paz. Mesclou a segurança de quem sabe a que veio com a vastidão de quem quer e sabe amar. Ressonava confiança e carecia também ser amado.

Não pediu licença. Entrou. Sentou-se sorrateiramente na soleira da porta entreaberta. Nos lábios, o ar de quem veio ocupar o lugar que há muito desejava. Nos olhos, a certeza de alcançar o êxito. Plantou-se ali. Fincou as raízes no mais profundo vão que encontrou dentro daquele coração esperançoso, sedento de afeto. 

Deixou-se regar de ternura e mel. Desabrochou de um modo especial. Avassalador. Tomou conta de todos os espaços. Declarou-se rei. Um verdadeiro “leão” a reinar por terras áridas. Rápido, célere como um “coelho” selou o compromisso de ali morar, fixar a vida.

Olhou para dentro de si. Chegou bem perto de seus abismos pessoais. Acercou-se dos seus traumas passados. Decidiu seguir em frente. Não dado por satisfeito, invadiu também meus mistérios sagrados. Conheceu aquilo que se foi e, sobretudo, respeitou o que permanece de forma terna.

Cresceu. Assustadoramente, mas sereno. Por mais paradoxal que pareça, é possível florescer no outono. Apesar dos dias mais curtos e frios. Ainda que seja tempo da vida se refazer e desfolhar. Embora, seja complexo, o céu do outono é mais azul. A imensidão do azul faz renascer, brotar o renovo. E, nesse tempo, em que o brilho do pôr-do-sol é especial, mais dourado, mais vermelho, o amor tornou-se vida e pleno. 

Travesso, brincou com a magia. A magia de acreditar no bem. De viver o bem. De enfim, ser o bem. Agarrou-se à esperança de ser ainda melhor e bom. Sabia que podia vacilar. Talvez até fraquejar. Contudo, desistir, jamais! Ao lado, uma mão macia, densa, intensa o ampararia. Juntos, de mãos dadas, olhos confiantes no horizonte, “numa dependência boa,” rubra, profunda, “daquilo que nos faz sentir vivos”, seguiram. 

E seguirão. Sempre! Felizes! Em sintonia, vibrando na mesma frequência. A do amor. Do amor que ama. Ama e floresce em pleno outono. E perdurará por verões, invernos e primaveras. Sem fim! 

By Karine Leão 18/06/2012 14:11

"Amor tem outro cheiro. Outra natureza. Outra frequência. Outro chamado. É para ser luz pra dois, com todas as sombras de cada um."

E, de repente, não mais que de repente, voltei a escrever. Porque nasceu dentro de mim o desejo. A inspiração. A vontade de externar em palavras aquilo que sinto, vibro e penso.

Saudades daqui. Do meu Ponto. 
Saudades dos que me leem.
Saudades...

Beijos muitos!

06/06/2011

Saudades



De repente, a gente percebe que o tempo não pára, tudo fica para trás, as coisas mudam o tempo todo... mas a gente não precisa perder aqueles(as) que nos são especiais.


Hoje bateu uma saudade sem fim de (Mateus, Plis, Ju, Fran, Leandro, Simone, Flávia, Aleph, Sônia, Alê, Rodrigo... ) minha Máfia QUERIDA!!!


Surgiu a inspiração e escrevi para vocês...


Saudades


Sinto saudades de tudo que já se foi e do que ainda está por vir.
Quando o cheiro de algo bom me assola, quando o vago som de uma voz me interroga,
quando lembro do que poderia ter sido e, especialmente, quando o passado invade as recordações...
Ah, como sinto saudades!!!

Sinto saudades de tudo que me marcou.
Dos retratos tirados e dos que não tirei, dos sorrisos felizes e dos que deixei de dar.
Das palavras que guardei para mim, dos amigos perdidos no tempo e na distância...
Ah, como sinto saudades!!!

Sinto saudades daqueles que nunca mais ouvirei a voz.
Das canções gravadas no coração e daquelas pessoas que nunca mais verei.
Saudades do meu tempo de criança, das pipas soltadas ao vento, da liberdade de ser feliz simplesmente...
Ah, como sinto saudades!!!

Sinto saudades do amor.
De todos aqueles que invadiram meu coração e o fizeram vibrar,
Saudades do amor que ainda vai vir, corrigindo a solidão dos dias meus...
Sinto saudades de você...
Ah, como sinto saudades!!!

Sinto saudades de todos aqueles me deixaram... e dos que eu também deixei.
Daqueles que não me conheceram e não me deixaram conhecê-los... dos conhecidos e de todos os esquecidos...
Dos que se foram e me furtaram a despedida...
Ah, como sinto saudades!!!

Sinto saudades de tudo que tive e perdi.
Daquilo que nem sei se vivi.
Sinto saudades de encontrar a razão e o porquê...
Ah, como sinto saudades!!!

Sinto saudades da ingenuidade, das brincadeiras inocentes...
Do tempo em que viver não parecia tão perigoso.
Do aperto no peito, do coração acelerado... do amor que não foi...
Ah, como sinto saudades!!!

Sinto saudades de você...
Da amizade perdida, das confidências trocadas,
das risadas sem fim, dos casos contados, das histórias escritas...
Da ansiedade da chegada, do aperto no peito da partida...
Saudades... saudades... Ah, como sinto saudades!!!




By Karine Leão 06/06/2011

20/01/2011

Existem coisas que nem sei dizer...


Existem coisas que nem sei dizer...




Outras, são tão fáceis de expressar. A pergunta é: a quantas anda meu coração?!




Entre planilhas de controle de combustível, quilometragem e afins, atendimento a pais e alunos, planejamento pedagógico e cia limitada, posso dizer que meu coração anda a tranquilos 50 KM por hora. Nem mais, nem menos.




Amo com uma intensidade sem igual; mas deixo de amar na mesma proporção avassaladora.




Não entendam isso como futilidades de um coração sem rumo. Não mesmo! Explico melhor: Quando amo alguém, e neste caso, falo do amor homem & mulher) mergulho literalmente de cabeça, entrego-me por completo, doo-me por inteira. Só sei amar integralmente, por completo, sem reservas. Se é o melhor jeito? Não sei dizer.




Ao passo que amo assim, o amor vai embora quando se esgotam indelevelmente as possibilidades de ser feliz ao lado da pessoa. Tenho o poder arrebatador de transformar as mágoas e decepções em indiferença e assim, esvaziar de meu coração o amor em vão.




Não! Não me tomem como fria e calculista. Não sou assim! Jamais! Vejam isso como a capacidade transformadora de migrar do sofrimento para a libertação.




Pensem comigo: de que vale amar quem não conhece as delícias do amor? De que vale derramar lágrimas se a outra pessoa em questão, não passa de um pedaço inerte de mármore gelado sem um pingo sequer de sentimentos? Respondo eu: De nada vale.




A última paixão que incendiou meu coração deixou marcas fortes e tristes. Infelizmente, os bons momentos não conseguiram suplantar a dor tamanha causada a meu corpo e minhas emoções.




Tampouco, quero julgar as mesquinhas razões dos outros. Superada a dor, esvaziei meu coração e nele só resta DESEJOS.




DESEJOS de ser ainda mais feliz do que já sou!




DESEJOS de amar INTENSAMENTE e de novo!




DESEJOS de ultrapassar problemas de ordem física e jurídica rapidamente.




DESEJOS de ver o mundo de forma colorida, de preferência em nuances avermalhadas e azuladas.




Desejos, desejos, desejos.




Questões repensadas, resolvidas e decretadas, tipo cumpra-se:




1- Não vou voltar ao passado. Definitivamente não! Perdoar você, "pequeno" foi um passo necessário, mas tentarmos remendar essa colcha, certamente não faz sentido. Sigamos por caminhos diferentes.




2- Não quero e não vou me envolver com alguém de 27 aninhos. A questão nem é preconceituosa, simplesmente acho que 8 anos computam uma diferença enorme em termos de pensamentos, aspirações, ideais comuns. Talvez esteja sendo dura contigo, desculpe-me. É melhor ser firme do que leviana. O tempo vai te mostrar que estou fazendo o melhor para ambos. Envolver-nos agora para daqui a pouco comprovarmos que não damos certo juntos é imaturo e brincar com nossos sentimentos.


Questões a resolver:


1- Sigo sozinha até meu insólito coração se sobressaltar apaixonadamente por alguém... E que seja breve. É o meu desejo. Sou plena quando amo.


2- Por enquanto, festas do trabalho, reuniões, viagens e novos ares, aqui vou eu!!!


3- Amigas do trabalho, nem discuto a questão 3 com vocês! A resposta insubordinada é NÃO!!! Não rola o que vocês querem! (Apesar de ser tentador... risos)


Texto escrito em Setembro de 2010.

Em breve, atualizações! Risos...


Beijos muitos!