18/04/2008

Analfabetismo

Hoje o post é sobre construção. A mais importante de todas. A construção do Saber. Estou aqui pela proposta de blogagem coletiva contra o analfabetismo. Atendendo aos apelos desse coração de Educadora vou tentar não cair no lugar comum, no entanto, fica impossível não comungar com Monteiro Lobato quando ele diz que: “ Um país se faz de homens e livros.”

Sou Educadora e amo muito o que faço. Nasci assim. (Educadora não se faz com o estudo, nasce com o coração apaixonado pela Educação, é genético.) Vivo assim. (Apesar da luta que é viver de Educação no Brasil.) E quero morrer Educadora.

Abril é um mês de reflexões diversas. Hoje dia do Livro Infantil. Dia 21, dia de pararmos e pensarmos a liberdade com Tiradentes. Então, diga lá uma coisa, há melhor solução para se construir um país livre, digno e justo do que despertar o prazer pela leitura que é capaz de alargar horizontes e transformar realidades?

Definitivamente, não!

Acabei de chegar da escola onde trabalho. Os alunos, entre outras atividades, apresentaram uma dramatização, lembrando a grande obra de Lobato, o Sítio do Pica Pau Amarelo. Mais do que isso, eles, que na grande maioria das vezes são desmotivados para a leitura, optando sempre pela facilidade e encanto sedutor da internet, mergulharam nesse universo vasto e questionar que nos foi legado por esse singular escritor e, de fato, leram diversas histórias e foram além. Pontuaram o que foi escrito com o que vivemos hoje.

Houve uma grande discussão sobre o analfabetismo. Sugerimos que cada um pense numa solução para que possamos levar luz à escuridão do desconhecimento pelas letras. (Posto depois o que sairá de tais cabecinhas.)

Estar numa escola, atuar nessa área é uma oportunidade ímpar de plantar pequenas sementes que, de forma efetiva, gerem frutos positivos para transformar o analfabetismo no Brasil. A EJA (Educação de Jovens e Adultos) é um exemplo de que cedo ou tarde, há tempo de plantar sonhos e com isso, colher cidadania.

Ao longo da minha vida de Educadora, venho semeando. Muita gente me acha utópica. Eu prefiro acreditar que é possível, de maneira simples, colher bons frutos.

Minha sugestão de combate ao analfabetismo é o engajamento de todos. Professores, médicos, advogados, donas de casa, enfim, cada um de nós fazer a sua parte. Ações voluntariadas do despertar para o letramento (mais do que ler é preciso interpretar o mundo e interagir nele).

Cada um pode se comprometer a ensinar o outro. Patrão alfabetizando e letrando o empregado. Criação de espaços de leitura nas empresas. Enfim, é preciso apenas fazer.

Ressalto aqui a iniciativa do poder público na capital mineira, onde os lotações estão providos de obras literárias (xerocadas e plastificadas) onde o cidadão pode apreciar uma boa leitura. Certamente, no mínimo, gera curiosidade em quem não é alfabetizado. Isso pode instigar, pode levar à busca de descobertas.

É isso aí! Simples assim!