Uma vez, ouvi ou li que é preciso aprender a plantar flores nos rancores. Para alguns, uma árdua tarefa, para outros, algo absolutamente normal. Para mim, algo inusitado que vem me apetecendo muito. Aliás, ultimamente, quando a vida me desagrada, apetece-me rir, apenas rir.
Aviso que não há nada preso em minha garganta, muito menos palavras guardadas ainda não ditas, nada de raiva contida, e menos ainda angústia latente em meu coração. Simplesmente, apeteceu-me vir aqui, no meu ponto, escrever livremente, sem pretensão alguma, a não ser deixar minhas idéias serem conduzidas através dos meus dedos no teclado do meu computador prestes a ser aposentado.
Enfim, muitas vezes, nossos olhos encontram-se frente a frente com coisas que o coração recusa-se a aceitar, mas o inevitável chega, toma seu lugar, senta-se numa cadeira em nossa frente e felizmente passamos a vida a limpo. Analisamos nossos valores, refletimos sobre o que eram “verdades” e filtramos novas realidades que se anunciam na vida cotidiana e assim o inabalável, implacável e indefectível fim sorri e a morte de algo acontece. Simples assim.
Morremos um pouco todo dia. Todos os dias morremos mortes variadas. Desfalecemos por perdas impensadas, choramos por aquilo que deixa de ser parte de nós, ficamos de luto por coisas tão banais pois não deixamos que nosso coração se acostume com o fim que sempre acontece.
É mister evidenciar em nossos mais íntimos sentimentos, a importância de aprendermos a plantar flores, aonde quer que seja, pelos amores ou pelas dores. São elas, as flores, que deixarão seu perfume, quando tudo mais chegar ao fim. Quando a tristeza estacionar em nossa porta, quando a alegria saltitar em nossa vida, quando um amigo deixar de existir, quando novos sorrisos pleitearem lugar em nosso mundo, quando um ente querido partir definitivamente, quando uma nova vida renascer a alegria em nosso viver... são as flores que perfumarão nosso caminho.
É... ou a gente aprende ou a gente aprende, não é mesmo? Como minha querida Clarice diria:
“Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.” Nenhum dos dois casos, vale a pena... a gente é o que é, e agradar por meramente agradar não tem valor algum.
“Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali.” Em momentos que a gente menos espera a gente verdadeiramente se encontra e isso é tão bom.
“Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.” O que é importante, permanece.
“Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!” Mesmo sujeita ao erro, é ele quem me dita a direção.
“Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!” Simplesmente Ká... sorrindo, emburrando, feliz ou chorando: sempre eu!
“Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.” Ainda não consigo ser falsa, o que sinto está sempre retratado no meu rosto. Quem sabe um dia eu seja política como a grande maioria.
“Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!” Ainda bem, não? Viva!!! Podemos nos transformar sempre!
“Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes. Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? EU ADORO VOAR!”
Salve os voos! Salve meu retorno! Salve o alívio dos rancores! Salve o plantio de flores! Salve os bons ventos numa semana iluminada para todos nós!
Beijos meus!
Ká
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