23/08/2009

Tempo Mágico


Primeiramente, agradeço a cada um(a) dos(as) amigos(as) que estiveram aqui no Ponto. É maravilhoso retornar e saber que sua vida, o que você escreve, o que você sente, o que você pensa, os seus problemas, as suas alegrias, as suas alienações, as suas divagações, os seus aprendizados, os seus erros, enfim... sua vida interessa a alguém.


Cada comentário foi recebido carinhosamente e a alegria de escrever se torna ainda maior com a presença de tanta gente bacana, do bem e especial. Valeu, pessoas queridas!


Assistindo TV, num dos raros momentos em que tenho tempo, me chamou a atenção o encerramento de um programa, não me lembro o canal. A apresentadora despediu-se lendo o texto abaixo. Fiquei encantada. Vim até a net, o encontrei e definitivamente me apaixonei por ele. Não achei a autoria, mas compactuo com cada uma das geniais palavras.


Aos 34 anos, completados no dia 03 de julho, vejo-me cada dia mais sem tempo para mediocridades, falsos(as) amigos(as), amores corruptos, interesses superfluos, quero mais é VIDA.
Já sofri, já chorei e sei que muitas lágrimas ainda estão por vim e por isso mesmo, quero viver intensamente os bons e os maus momentos perto de pessoas humanas verdadeiramente, ou que pelo menos, como eu, tentem a cada dia, mesmo errando, ser mais gente.


Compartilho-o com vocês, desejando a todos(as) uma semana de muita alegria, trabalho e sobretudo muita presença de DEUS no nosso coração.


Beijo Karinhoso,





Tempo Mágico


Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.


Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos fatos a limpo". Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.


Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos".


Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado de DEUS.


Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.


O ESSENCIAL FAZ A VIDA VALER A PENA!!!

16/08/2009

Plante Flores...


Uma vez, ouvi ou li que é preciso aprender a plantar flores nos rancores. Para alguns, uma árdua tarefa, para outros, algo absolutamente normal. Para mim, algo inusitado que vem me apetecendo muito. Aliás, ultimamente, quando a vida me desagrada, apetece-me rir, apenas rir.


Aviso que não há nada preso em minha garganta, muito menos palavras guardadas ainda não ditas, nada de raiva contida, e menos ainda angústia latente em meu coração. Simplesmente, apeteceu-me vir aqui, no meu ponto, escrever livremente, sem pretensão alguma, a não ser deixar minhas idéias serem conduzidas através dos meus dedos no teclado do meu computador prestes a ser aposentado.


Enfim, muitas vezes, nossos olhos encontram-se frente a frente com coisas que o coração recusa-se a aceitar, mas o inevitável chega, toma seu lugar, senta-se numa cadeira em nossa frente e felizmente passamos a vida a limpo. Analisamos nossos valores, refletimos sobre o que eram “verdades” e filtramos novas realidades que se anunciam na vida cotidiana e assim o inabalável, implacável e indefectível fim sorri e a morte de algo acontece. Simples assim.


Morremos um pouco todo dia. Todos os dias morremos mortes variadas. Desfalecemos por perdas impensadas, choramos por aquilo que deixa de ser parte de nós, ficamos de luto por coisas tão banais pois não deixamos que nosso coração se acostume com o fim que sempre acontece.


É mister evidenciar em nossos mais íntimos sentimentos, a importância de aprendermos a plantar flores, aonde quer que seja, pelos amores ou pelas dores. São elas, as flores, que deixarão seu perfume, quando tudo mais chegar ao fim. Quando a tristeza estacionar em nossa porta, quando a alegria saltitar em nossa vida, quando um amigo deixar de existir, quando novos sorrisos pleitearem lugar em nosso mundo, quando um ente querido partir definitivamente, quando uma nova vida renascer a alegria em nosso viver... são as flores que perfumarão nosso caminho.


É... ou a gente aprende ou a gente aprende, não é mesmo? Como minha querida Clarice diria:

“Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.” Nenhum dos dois casos, vale a pena... a gente é o que é, e agradar por meramente agradar não tem valor algum.

“Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali. Em momentos que a gente menos espera a gente verdadeiramente se encontra e isso é tão bom.

“Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.” O que é importante, permanece.

“Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!” Mesmo sujeita ao erro, é ele quem me dita a direção.

“Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!” Simplesmente Ká... sorrindo, emburrando, feliz ou chorando: sempre eu!

“Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.” Ainda não consigo ser falsa, o que sinto está sempre retratado no meu rosto. Quem sabe um dia eu seja política como a grande maioria.

“Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!” Ainda bem, não? Viva!!! Podemos nos transformar sempre!

“Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes. Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? EU ADORO VOAR!”

Salve os voos! Salve meu retorno! Salve o alívio dos rancores! Salve o plantio de flores! Salve os bons ventos numa semana iluminada para todos nós!

Beijos meus!